Para começar a semana com o pé direito, faço questão que nossos leitores escapistas limpem suas papilas gustativas e apreciem essas duas suculentas entradas:

Narrada em duas frentes, uma com a Sra. Watson-Parker na clássica lanchonete Grão de Café, sendo interceptada e assediada por um Agente da SHIELD, propondo que a mesma denuncie o marido à troco de imunidade total; e a outra, do outro lado da cidade, paralelamente, com um Peter alquebrado, negociando sua rendição com um detetive do DPNY.
Em meio a situações tão similares e, ainda assim, tão adversas, os dois rememoram a inocência de outra vida, mais simples e que valia a pena guardar para momentos como aqueles.
Mais que a instituição do casamento, eu acreditava na parceria daqueles personagens. Num amor que, inclusive, tal quais todos os demais, poderia sofrer também seus reveses e, quem sabe, se desgastar ou terminar naturalmente, mas nunca em uma decisão editorial retrógrada sob a carapuça de anular-lhes magicamente seus estados civis. Ou como bem concluiu o Sérgio Codespoti, não se trata de “[...] uma questão de moralismo, mas sim um questionamento da hipocrisia marqueteira”.

Ter e Manter², de Matt Fraction e Sal Larroca, foi publicada em Homem-Aranha #78 (Panini/2008) e, originalmente, em Sensational Spider-Man Annual #1 (2007).
¹ Do contrário, sempre é bem-vindo uma série vintage – de outra vida – a exemplo dos saudosos Arquivos Secretos do Homem-Aranha (Untold Tales of Spider-Man), de Kurt Busiek e Pat Olliffe.
² À época de seu lançamento, esse One-Shot rendeu a parceria Fraction/Larroca uma indicação ao Eisner Awards na categoria história fechada.

Estamos falando de O Cavaleiro da Vingança, de Brian Azzarello e Eduardo Risso, publicado no Brasil em Ponto de Ignição Especial #3 (Panini/2012) e lá fora em Flashpoint: Batman - Knight of Vengeance #1-3 (2011).
O barato desta
trama é que, em algum momento, tu começas a imergir na ideia de que, se a maior tragédia super-heroica de nosso tempo não ocorreu
conforme a esteira do evento original, quem diabo então seria o Batman?
Trata-se de um Batman mais velho, bastante similar a versão futurista de Miller; e ainda que seja um estrategista brilhante, não se pode dizer o mesmo de suas habilidades detetivescas. Pragmático e moralmente falido, suas motivações vêm de um lugar distinto, uma Gotham diametralmente oposta a Gotham City que conhecemos. Na realidade,
a resposta é bastante instintiva, mas, acredite, nada lhe prepara para o
impactante desfecho dessa história.
Se deseja mesmo saber, é o melhor “Túnel do Tempo” desde Red Son.
Acho que agora ganhei sua atenção, não?
Se deseja mesmo saber, é o melhor “Túnel do Tempo” desde Red Son.
Acho que agora ganhei sua atenção, não?
Bom apetite.
A seguir, os pratos principais dos Chefs Escapistas.