Barbara "Barb Wire" Kopetski é um petardo de seu tempo. Egressa dos quadrinhos noventistas, a personagem de Chris Warner dividia seu tempo entre a gerência de um bar decadente, frequentado por tipos duvidosos, e como caçadora de recompensas. Barb tinha seu lugar numa fictícia 2ª Guerra Civil norte-americana ao qual, para o bem de ambos os seus negócios, tentava se manter neutra. No filme homônimo de David Hogan, um ex-amante a contata, suplicando-lhe que o ajude a escoltar até uma zona segura uma pacifista que poderia mudar os rumos do conflito.
A película, claro, é uma bobagem e seu realizador tão limitado¹ quanto (im)possível, mas a introdução de dois minutos com a Senhorita Kopetski embalando uma pole dance hipnotizante ao som de Word Up, do Korn, dificilmente não ficaria marcada no imaginário dos marmanjos proto-sexistas da época. Se existe uma sequência live-action que poderia ilustrar com maestria todo o tratamento diferenciado conferido às mulheres noventistas dos quadrinhos mainstream, não há dúvidas que o seu vídeo é este.
¹ Antes de Barb Wire, o maior feito de Hogan fora a direção de segunda unidade em Batman Eternamente, de Joel Schumacher. Precisa dizer mais?
Em tempo...
A Dark Horse acaba de relançar a personagem e a opção do capista regular da série...