Mad Men está próximo do fim e desde o regresso do sétimo ano no último 05 de abril, o que se tem visto é um vigor narrativo como poucas vezes se viu, inclusive, nas melhores temporadas da série. Na semana que vem, precisamente no domingo, 17 de maio, a cria de Matthew Weiner se despedirá e deixará saudades. Saudades de um casting infalível e personagens que já entraram para a História da Teledramaturgia.
Ambientado em Nova Iorque, Mad Men tem lugar na década de 1960 em uma agência de publicidade na Madison Avenue. Centra-se em Don Draper (Jon Hamm), um executivo sênior, e retrata as pessoas em sua vida, dentro e fora do escritório. Em sete anos - mas com toda pinta de oito -, os espectadores foram tragados¹ por esse vórtice ideológico reacionário que foi o trajeto dos 60's para os 70's. Um dos símbolos da série e, claro, dessas transformações sofridas pela sociedade, especificamente a revolução sexual e paridade laboral, se deu com a fascinante personagem vivida por Christina Hendricks, Joan Holloway.
Por outro lado, mesmo cada um brilhando ao seu próprio modo, é em Don Draper que todos os holofotes estão apontados. O que ele fará? Qual será seu destino? Fato é que, nos últimos dois capítulos, esse intrigante ser fictício, que sempre flertou com o suicídio profissional, sentindo-se mais uma vez deslocado no tempo e espaço, chuta de vez o balde, abandonando uma das mais importantes reuniões de sua carreira - com a Miller -, para ir em busca de uma enigmática garçonete, tão fragmentada quanto o próprio. Esse pequeno road movie encenado nesse penúltimo capítulo (S07E13) foi também a primeira vez em que ele falou em voz alta sobre aquele pequeno grande segredo que (re)definiu sua vida.
Se essa não for a hora e vez de Jon Hamm levar suas inéditas estatuetas nos próximos Emmy e Globo de Ouro, há definitivamente algo de muito errado nesse mundo.
¹ E, cá entre nós, ainda não consegui me libertar daquele vórtice que foi o premiado e, para muitos, o melhor episódio de todo o programa: The Suitcase (S04E07).
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