quinta-feira, 18 de junho de 2015

Queria Tirar do Plástico #1: Dios es Español

Colecionador de histórias em quadrinhos é bicho invejoso, que nem se cria e muito menos se contenta com pouco. Pode estar na pindaíba e com o cheque especial abaixo de zero, mas caso se depare com aquele lançamento em capa dura/papel LWCcujo conteúdo, detalhe, é exatamente o mesmo da versão no formato minissérie/compilado cartonado que possui no seu acervo –, é bem possível que esse “bicho” faça um empréstimo consignado com a aposentadoria da própria mãe e o adquira já em pré-venda. 

No que diz respeito à Panini, atualmente, pouco se tem a repreendê-la no quesito lançamentos/relançamentos, mas, na condição de “bicho” do gênero DCnauta, devo dizer que sinto falta de muitos itens clássicos no aconchego da minha estante. Alguns desses vêm sendo publicados pela ECC Ediciones, a versão espanhola do nosso “queridogrupo editorial italiano. Presente há quinze anos na indústria dos quadrinhos, a ECC é a atual licenciada dos conteúdos da DC Comics na Espanha e países de língua castelhana como a Argentina e o Chile

Bicho” curioso que sou, dei uma boa bisbilhotada no conteúdo deles e rapidamente pude apurar que, muito embora, a linha de publicações regulares seja bem menos abrangente que a nossa, a opção da ECC que diverge mesmo em relação à Panini é a de lançar diretamente em edições encorpadas encadernadas? os títulos que aqui tradicionalmente chegam em revistas mixes. Como se apenas isso já não fosse motivo suficiente para atiçar a inveja dos “bichos” brasileiros, a diversidade de álbuns obrigatórios só contesta a teoria de que Deus seria brasileiro

 Dios es español. Rao también.

8 comentários:

lendo à bessa disse...

Ano passado fui à Buenos Aires e, enquanto programava a viagem, uma das primeiras coisas que pensei foi em procurar gibiterias. Encontrei uma perto do hotel onde fiquei, e lá namorei um monte de material que tenho quase certeza de não ver tão cedo (ou nunca) por aqui, como as coleções completas de Criminal e Incognito.
De sentir inveja dos hermanos.

doggma disse...

La colección completa de Hombre de Acero del Juan Pablo Escobyrne? Madre de Dios! Y yo quiero mucho un libro muy grande con la Mujer Maravilla del Azzarellón y Chianguito.

Do Vale, "Incognito" e "Criminal" completas lá? Puta que los dio a luz!!

Sempre que visito o Leituras de BD, dos nossos amigos patrícios, fico bestificado com o material lançado completo lá (olha que beleza: http://bongop-leituras-bd.blogspot.com.br/2014/11/lancamento-asa-publico-xiii.html), inclusive pela Panini.

Câmbio descontrolado é uma merda.

lendo à bessa disse...

O negócio é dar uma volta em Portugal e voltar com a mala cheia.

blogzine disse...

Já estive em Lisboa e é super difícil achar BDs. Agora, Itália e França é palhaçada! A Rue Dante em Paris são duas calçadas + um cruzamento só de lojas e livrarias especializadas em BD,

Ou melhor, lojas temáticas, divididas em estilos (Mangá, Comics, BDs), memorabilia, pôsters, antiguidades. Só por isso já vale a viagem.

Marlo de Sousa disse...

Faz a gente desejar ter mais de dois rins!

Enquanto isso, por aqui, a Panini já quase não se importa em publicar material anterior à sua gestão, salvo raras exceções, como as atuais Lendas do Cavaleiros das Trevas.

O Superman de Byrne é um must have sem igual. Será que esperam que a gente tenha se contentado com aquele encadernado filho único da Mythos? Quero mais, e quero a Liga cômica, a continuação dos Titãs e da Maravilha do Pérez, o Homem-Animal do Morrison... e L.E.G.I.Ã.O. (sonha, coração!).

lendo à bessa disse...

Marlo, vi em algum lugar que no 2º semestre a Panini dá início à publicação do Homem-Animal do Morrison.
Cara, muito material do Super que pede republicação... O Legado das Estrelas, Red Son, Identidade Secreta... Quando não é a falta de republicações, é a distribuiçao: Xamã nunca vi aqui em São Luís.
(Tu lembrou L.E.G.I.Ã.O. e viajei pra 1992, 1993, quando pedia pro pai comprar DC 2000 quando viesse do trabalho... mais de 20 anos atrás, que que é isso.)

Nuno disse...

Lá pela década de oitenta, eu era marvete de carteirinha, daqueles que saíam no braço se alguém ousasse mencionar que as histórias da Liga eram melhores que as dos Vingadores.

Entretanto, duas coisas me levaram a trair o movimento: Frank Miller, com seu Cavaleiro das Travas e o Ano Um, e John Byrne com o novo Homem de Aço. Eu era Byrne-dependente desde os X-Men com o Claremont e a Tropa Alfa, e a publicação do Quarteto na revista do Homem-Aranha só veio aprofundar essa condição. Quando foi anunciada a publicação aqui no Brasil das histórias do Super-Homem reformulado pelo Byrne (e a polêmica em torno das mudanças promovidas pelo anglo-canadense), a curiosidade foi mais forte que qualquer outra coisa e passei a comprar a revista do kryptoniano, sempre olhando para os lados para que ter certeza de que nenhum conhecido estava por perto. Era mais fácil comprar a Playboy do mês do que um título da DC.

Pra encurtar a história, os formatinhos da Abril há muito se foram, mas tenho todos os encadernados gringos dessa fase do Super (acho que só falta a publicação de um para que a coleção fique completa). É coisa de primeira.

Vou a Portugal com uma certa frequência, e realmente tem ficado difícil encontrar quadrinhos por lá. Várias lojas fecharam e, quando se tem pouco tempo, o negócio é garimpar nas Fnac da vida pra encontrar coisas legais. Vale o esforço.

Luiz Gustavo de Sá disse...

Do Vale, felizmente, o mercado tupiniquim abriu os olhos para a produção de quadrinhos dos hermanos. Em especial, a Editora Zarabatana e Martins Fontes, que vêm trazendo para cá obras como Macanudo, de Liniers; Noturno/Legião, de Salvador Sanz; ou O Eternauta, de Héctor G. Oesterheld e Francisco Solano López.

Só o fino!

No que toca a distribuição, confie em mim, sou paraibano e sei o quão maléfica, errática e sabotadora essa opção "setorizada" costuma ser para as coleções alheias. Para se ter uma ideia, "100 Balas" ainda não foi "concluída" e Fábula parou em "Rosa Vermelha". Se fosse comprar meus itens estritamente por aqui, acho que só leria a conclusão de Inescrito perto de me aposentar.

Dogg, somos dos, mi amigo!

Criminal e Incógnito... posso adicionar Starman e o referido XIII?

Caramba, cara! Já havia esquecido da minha coleção incompleta de XIII! Passei muito tempo com isso atravessado na garganta, inclusive, entrei em contato com o editor responsável na época e lembro-me bem que ele havia garantido que a Panini publicaria sim o último tomo, "A Versão Irlandesa". Pior que político, hã?

Reginaldo, tô comprando material franco-belga sem nem mesmo ler as sinopses das obras. Nesse sentido, a Quadrinhos na Cia (da Companhia) e a Nemo estão de parabéns com o belo catálogo que estão formando. Muita coisa boa sendo publicada! Esse fim de semana, por exemplo, comprei "Três Sombras", de Cyril Pedrosa, e estou com "Pílulas Azuis", de Frederik Peeters, na agulha.

Marlo, somos tres, mi amigo. Mas se os que citastes já têm um nível considerável de dificuldade para serem publicados, L.E.G.I.Ã.O, então... só debaixo de muita simpatia, promessa e oferendas aos Orixás da sua terrinha.

Nuno, invejo sua coleção do Homem de Aço do Byrne. Tenho certeza que é mesmo coisa de primeiríssima qualidade.